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sexta-feira, 22 de julho de 2016

17º DOMINGO DO TEMPO COMUM: O Poder do justo

Todos nós ouvimos, ou até nós fizemos, esta pergunta, diante da corrupção, da fome, da violência e morte, de que é vítima o nosso país, começando pelos nossos governantes até o último dos cidadãos: porque Deus permite tudo isto? De fato Ele permite e, para que tenhamos consciência de que pode tomar providências, hoje a primeira leitura tirada do Livro do Gênesis (Gn. 18,21-32) apresenta-nos o exemplo das cidades de Sodoma e Gomorra, que hoje ninguém pode apreciar as suas ruínas. Nesta narração bíblica Deus nos revela duas grandes verdades: a sua misericórdia e a importância que o justo têm para Ele e para toda a humanidade. Dá-nos conhecer a sua misericórdia prometendo perdoar as duas cidades se nelas houvesse dez justos. Revelou-nos o poder do justo, demonstrando que Ele tolera tanta maldade porque ainda, no mundo, há muita gente boa. 

No Evangelho, Ele convida-nos a lembrar-nos que Ele é pai, e, por isto não pode castigar o justo por causa dos pecados dos outros. E nos lembra que todos somos irmãos e, por isso, estamos aqui na terra para trabalhar para que não falte o necessário na mesa de ninguém. 

O apóstolo São Paulo (CI 2,12-14) afirma que o poder do justo já o recebemos com sacramento do batismo, onde, com Cristo, morremos em nossa vida de pecado, e começamos a vida nova de filhos de Deus que Jesus ganhou, para nós, na sua morte e ressurreição. Assim, restabelecida a nossa amizade com Deus por Cristo que, morrendo pregado na cruz, pagou a divida do nosso pecado, nos tornamos o sustentáculo deste mundo tão corrompido pela ambição, o consumismo, a corrupção, a violência e a morte.

Monsenhor Antonio 


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