Aprendemos, desde pequenos, que somos filhos de Adão e Eva, porém não é verdade. Deus promete que outra mulher será a mãe do seu povo. E a festa de hoje confirma que Maria é a mãe do povo de Deus e gerou o primogênito, o primeiro filho, Jesus, o Filho de Deus que vem participar da vida do seu povo, e vem para salvá-lo. A partir deste momento, podemos escolher: ser filhos de Maria e ser salvos pelos merecimentos de Jesus, ou sermos filhos de Adão e Eva, desprezando a palavra salvadora de Jesus e seguindo as teorias dos homens. Esta é a opção que precisamos fazer durante a nossa vida aqui na terra, mas tem consequências eternas.
Por isso, na Primeira Leitura (Ap. 12, 1-10) encontramos, outra vez, a serpente do paraíso, agora transformado num grande dragão que pretendia matar a criança no momento do seu nascimento. Intentou matá-la mais tarde, através de Herodes, que mandou matar todas as crianças de menos de dois anos, com a intenção de matar a Jesus e, com Ele, todo o povo de Deus. Porém Deus é mais poderoso.
Na Segunda Leitura, São Paulo (1Cor 15, 20-27) afirma que através de um homem, Adão, veio a morte e também através de um outro homem, Jesus, veio a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos reviverão". Com estas palavras, ele lembra-nos que todos nós somos livres de escolher entre a morte, seguindo as teorias dos homens, que seguem o exemplo de Adão e Eva, e a vida, guiados pela Palavra de Deus.
No Evangelho, Maria (Lc. 1, 39-56) dá-nos o exemplo de que, quem faz parte do povo de Deus, deve anunciar sempre a palavra de Deus que, como aconteceu na casa de Isabel, é palavra de vida, que se repete em todos os lugares que ela é acolhida.
O povo de Deus é o povo da vida, e Maria é a sua Mãe. Hoje a contemplamos acolhendo seus filhos no Reino dos céu.
Monsenhor Antonio
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