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sexta-feira, 24 de março de 2017

4º DOMINGO DA QUARESMA: A Manifestação de Deus!

A primeira manifestação de Deus está em nós mesmos. Naturalmente, todos nós nos costumamos a viver como somos. Porém deveríamos parar e pensar o como somos. Alguns param pensando nos problemas ou defeitos que os incomodem e terminam caindo na depressão. Outros somente ficam reparando nos defeitos físicos, que imaginam ter, e recorrem em operações plásticas para melhorar as aparências e tão pouco encontram a satisfação que procuram. Devemos olhar para dentro de nós mesmos para descobrirmos os grandes mistérios, tanto corporais como espirituais, que se escondem no nosso íntimo. Mistérios que se manifestam através da fome e da sede do corpo, e dos anseios de paz, de felicidade e de amor que sentimos, e da inteligência e capacidade de trabalho ilimitado, de que somos capazes quando os empregamos para praticar o bem. Assim descobrimos que cada um de nós é um mistério que recebemos de Deus. 

A Palavra de Deus deste domingo convida-nos a pensar sobre a importância de Deus para entendermos todos os mistérios que Jesus nos revela no mistério de Páscoa que vamos celebrar. Ela tem uma dimensão íntima para cada um de nós, outra familiar para tenhamos paz em nossas famílias, e outra social convidando-nos a transforma este mundo num ensaio do Reino de Deus, que terá seu cumprimento perfeito na eternidade. 

A Primeira Leitura (1Sm 16, 1-13), nos lembra que toda autoridade vem de Deus, com estas palavras: "O Senhor disse a Samuel: 'Enche um chifre de óleo e vem para que eu te envie à casa de Jessé de Belém, pois escolhi um rei para mim entre os seus filhos". E continua advertindo: "Não olhes para a sua aparência nem para a sua grande estatura, porque eu o rejeitei. Não julgo segundo os critérios dos homens; o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração". Termina a leitura: "Samuel tomou o chifre com óleo e ungiu a Davi na presença dos seus irmãos, e, a partir daquele dia, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi". Assim foi a vocação dele como o grande rei de Israel. Os nossos governantes não cuidam do seu povo porque seguem os critérios dos homens. A autoridade vem de Deus através do voto do povo e para servir o povo. 

São Paulo, na Segunda Leitura (Ef. 5, 8-14), compara as teorias dos homens às trevas, e nos aconselha: ''Não vos associeis às obras das trevas, que não levam a nada, antes desmascarai-as, O que esta gente faz em segredo, tem vergonha até de dizê-lo. Mas tudo o que é condenável toma-se manifesto pela luz; e tudo o que é manifesto é luz". E termina afirmando: "É por isso que se diz: "Desperta, tu que dormes, levanta-te entre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá". Diante da injustiça, da violência e da morte que presenciamos, devemos sentir a falta da luz da Palavra de Deus que nos convida a praticar a justiça para conseguirmos viver em paz. 

No Evangelho (Jo 9, 1-41) Jesus responde para os discípulos que perguntaram: "Mestre, quem pecou para que nascesse cego: ele ou os seus pais?" Jesus respondeu: "Nem ele,  nem os seus pais pecaram, mas isso serve para que as obras de Deus se manifestem. É necessário que nós realizemos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. Vem a noite em que ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, eu sou a luz do mundo". Nós podemos escolher! 



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