Nós ouvimos muitas vezes esta afirmação: "Era o destino!". O ruim desta exclamação é que só a usamos para explicar as coisas desagradáveis que acontecem. Sendo que quase todas as coisas ruins existem por causa da nossa negligência ou pela nossa maldade e da maldade dos outros. Nunca ouvimos usar esta expressão para explicar a razão de ser de um bom acontecimento, sendo que o que Deus fez, diz a Bíblia, "Ele viu que tudo era muito bom", e criou o homem "à sua imagem e semelhança" para que, livremente, continuasse praticando o bem e cuidasse, com carinho, de todas as coisas criadas, e, assim, tudo colaborasse para o bem-estar e a felicidade de toda a família humana. Nós, porém, temos a péssima tendência de pensar sempre o pior.
Esta realidade nos é apresentada quando celebramos a Ascensão do Senhor. Neste momento contemplamos como o caminho que seguimos praticando bem, não dá tanta importância nas dificuldades que nos apresenta a vida, nem termina na hora da nossa morte. Mas, é neste momento, que nos é apresentado o nosso verdadeiro destino. É Jesus, o homem de Nazaré, que se oferece como exemplo para que todos nós o imitemos e sigamos os seus ensinamentos, que morreu, como todos nós, mas ressuscitou e foi, em corpo e alma para o céu, na presença de todos os seus discípulos. Neste momento, ressoam em nossos ouvidos as suas palavras: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai senão por mim".
Este é o verdadeiro e único destino importante para a nossa vida: viemos de Deus e devemos voltar, livremente, para Ele. Os outros destinos, nós os inventamos e devemos aceitar as suas conseqüências. O apóstolo São Paulo, resume esta mensagem com este conselho: "Sede os meus imitadores como eu procuro imitar o Cristo".
A ascensão de Jesus abre as portas do céu para todos os seus seguidores!
Monsenhor Antonio
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