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sexta-feira, 9 de junho de 2017

SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE: Deus presente no meio do povo!

Quando pensamos em Deus, achamos que Ele está muito longe de nós. Esta maneira errada de pensar deve ter contribuído  até em nossa maneira de nos comunicar com Ele. Ao rezar: "Pai nosso, que estais no céu", facilmente somos levados a pensar que a distância entre nós e Deus é igual, ou maior ainda, da que separa o céu da terra. Esta realidade traz consequências muito desagradáveis para nós: uma é que nos sentimos como abandonados, outra que nos impede a sentir que Ele é o nosso maior amigo, e a pior é que o chamamos de Pai, mas temos medo Dele. Sendo que a imagem que nos encontramos na Bíblia é completamente diferente. 

Nas primeiras páginas da Bíblia, encontramos o homem desprezando a Deus duvidando de sua palavra, e desobedecendo as suas ordens. Adão e Eva se esconderam por vergonha e medo. Ele, porém, vai ao encontro deles, não para condená-los nem castigá-los, só para que fiquem sabendo que a sua vida havia perdido o sentido, a paz e a felicidade porque eles haviam escolhido seguir umas teorias diferentes, e, por isso, as consequências também eram diferentes, pela escolha que eles, livremente, haviam feito. Ele respeitou a sua escolha, como continua respeitando as opções que fazemos, e que são a causa deste ambiente de injustiça, de miséria e de morte que a humanidade inteira está sofrendo, por querer ser mais inteligentes que o Criador. 

Deus tem pena do seu povo humilde que é obrigado a suportar o resultado do orgulho e do egoísmo dos ricos e dos poderosos (Ex. 34,4-9) O povo de Israel fundiu um bezerro de bronze e o adorava como seu Deus. Diante deste pecado: "Moisés curvou-se até o chão e, prostrado por terra, disse: Senhor, se é verdade que gozo do teu favor, peço-te, caminha conosco; embora este seja um povo de cabeça dura, perdoa nossas culpas e nossos pecados e acolhe-nos como propriedade tua". Deus ouviu a sua prece e continuou acompanhando o seu povo até a terra de Canaã. 

Jesus confirma a misericórdia de Deus para com o seu povo, com o testemunho de Jesus (Jo. 3,16-18): "Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito". Esta é a última opção que Deus nos oferece. Nós somos livres para escolher!

Monsenhor Antonio



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