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sexta-feira, 21 de julho de 2017

16º DOMINGO DO TEMPO COMUM: As Dimensões do Reino!

O livro da Sabedoria (Sb. 12,13-19) diz: "Não há, além de ti, outro Deus que cuide de todas as coisas e a quem devas mostrar que teu julgamento não foi injusto". Deus enviou-nos o seu Filho na pessoa de Jesus para anunciar-nos: "O Reino de Deus está no meio de vós!". E incluiu na oração que Ele ensinou-nos rezar: "Venha a nós o vosso Reino". Todos nós rezamos muitas vezes esta oração; mas pensamos alguma vez sobre qual Reino é este? Será que acreditamos que nós só devemos pedir, e esperar que Deus mande este Reino? Jesus ajuda-nos a encontrar uma resposta para estas perguntas, contando algumas parábolas. 

Estão no Evangelho de São Mateus (Mt. 13,24-43) as três parábolas que encontramos neste Evangelho. Elas começam com as mesmas palavras, mas com um significado diferente, para distinguir o Reino de Deus do reino dos homens. Os reinos dos homens fomentam a mania de grandeza e exigem que o povo esteja a serviço deles. O Reino de Deus apresenta-se com toda a humildade, porém, é colocado a serviço de todos, e transfigura aos que se colocam ao seu serviço. 

"O Reino dos céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior que todas as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem o ninho em seus ramos". Ele, mesmo sendo uma semente tão pequena, quando cresce se torna uma árvore que acolhe em sua sombra a quem estiver cansado e até os pássaros que quiserem fazer nela os seus ninhos. 

"O Reino dos céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado". Com esta parábola, Jesus diz-nos que os reinos dos homens gostam de aparecer e que, para consegui-lo sacrificam o povo com os impostos; e o Reino dos céus é semelhante ao fermento, que não aparece, mas, na medida em que penetra na vida do povo, o transfigura de tal modo que aparece visível pela segurança, a paz, e a felicidade que todos manifestam. 

"O Reino dos céus é como um homem que semeou boa semente em seu campo. Enquanto todos dormiam; veio seu inimigo; semeou joio no meio do trigo e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio". Ao formar a espiga aparece a presença do joio, o trigo solta a espiga, bonita e cheia de trigo para ser moído e fazer o pão para o povo comer. O joio, também, solta uma espiga, que aparece mais que as espigas de trigo, porém, as suas sementes não servem para nada. Este é o resultado das teorias dos homens: palavras bonitas, sem nenhum conteúdo prático para sustentar a vida. E, na hora da verdade tudo termina com a morte. Termina garantindo: "Os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos ouça". 

Monsenhor Antonio



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