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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

SOLENIDADE DE MARIA, MÃE DE DEUS

Estamos iniciando mais um ano. A Igreja nos convida a celebrar a festa de "Maria, Mãe de Deus", o "Dia mundial da paz" e, no domingo passado, a "Festa da Sagrada Família". São três nomes diferentes, e o resultado é o mesmo. É o próprio Deus que dá início neste primeiro dia, do ano, com estas palavras: "O Senhor falou a Moisés, dizendo: 'Fala a Aarão e a seus filhos: Ao abençoar os filhos de Israel, dizei-lhes: 'O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a Paz!' Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei" (Números 6, 22-27).  Ouvir e acreditar nesta promessa, está a solução dos problemas que afligem a todos no mundo inteiro. O problema está em que desprezamos a palavra de Deus e confiamos nos homens.

Precisamos começar pela família. Por isso o Pai escolheu a Maria como a mulher que será o exemplo para todas as mulheres. Ela recebe o nome de "Mãe de Deus" porque o Pai a escolheu para ser a mãe do seu Filho que queria participar da nossa história humana, com todas as alegrias e sofrimentos. Desta forma, ela passa a ser a mãe de Deus que assume o compromisso de dar-lhe um corpo humano em suas entranhas. Ela é também a mãe de todos nós, porque aceitou a todos nós, como seus filhos, ao dar-nos como irmão o Filho de Deus que nasceu na gruta de Belém. Fazendo assim de sua família de Nazaré, constituída por José, Maria, e Jesus, um exemplo para todas as famílias do mundo. A paz que Ele deseja para todos os filhos de Israel, quer, também, para todos os seus filhos dispersos pelo mundo inteiro.

A maternidade de Maria não ficou reduzida na sua família de Nazaré, como nenhuma família pode ficar fechada em si mesma se deseja ser feliz, mas continua aberta à todas as famílias do mundo até os nossos dias. A primeira prova a deu com a visita a sua prima Isabel. O evangelista São João (João 2, 1-12) nos conta a presença de Maria numa festa de casamento, onde ela foi convidada, e também Jesus e os seus discípulos. O evangelista, que com certeza, também estava presente, dá-nos a entender que ela estava ajudando ao pessoal para atender bem os convidados, porque foi ela que percebeu que o vinho estava terminando e pensou que os noivos passariam vergonha. Por isso, sem falar nada para eles, disse a Jesus: "Eles não tem mais vinho!" Jesus respondeu: "Minha hora ainda não chegou!". Apesar da resposta, chamou os garçons que serviam às mesas, os apresentou a Jesus e lhes disse: "Fazei tudo o que ele disser". Jesus fez o seu primeiro milagre, convertendo a água em vinho.

"Não chegou a minha hora!". Esta resposta de Jesus, nos faz pensar: A que hora se refere? Maria está pedindo ao filho resolver o problema dos noivos, e a resposta dele parece ter outra dimensão, que possivelmente ela conhecia, por isso ela diz: "Fazei o que ele disser". Com os seus discípulos e a sua mãe, Jesus participava deste casamento. Mas o Filho Deus veio a participar da nossa história, fazendo-se igual a nós em tudo, menos no pecado, para realizar o grande casamento de restabelecer a nossa amizade com o Pai, que nós havíamos quebrado com o pecado. Ele veio para ensinar-nos a fazer a vontade do Pai, mostrar-nos a conviver como irmãos, com o seu exemplo, e pagar pelo nosso pecado morrendo pregado na cruz. Assim, termos certeza, que podemos formar uma grande família, onde Deus é o Pai, Maria a mãe, e Jesus e seus seguidores somos os filhos e irmãos.


ASSIM, JUNTOS, FORMAMOS A FAMíLIA DOS FILHOS DE DEUS.

Monsenhor Antonio

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