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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM: O Profeta

A Palavra de Deus deste domingo, nos convida a meditar sobre a pessoa do profeta, para que tenhamos uma ideia exata sobre a existência e necessidade do profeta: qual é a sua missão e a sua responsabilidade; e termina lembrando-nos que ninguém pode receber o nome de cristão sem assumir a responsabilidade de continuar a missão profética de Cristo.

Profeta é aquela pessoa que fala em nome de Deus. O Livro do Deuteronômio (Deuteronômio 18, 15-20) afirma que o povo disse a Moisés: "Não quero mais escutar a voz do Senhor meu Deus nem ver este grande fogo, para não acabar morrendo. Então o Senhor e disse: Está bem o que disseram. Farei surgir para eles, do meio de seus irmãos, um profeta semelhante a ti". Esta é a origem dos profetas: são pessoas, iguais às outras, escolhidas por Deus para falar em seu nome. Por isso, ser cristão é comprometer-se a pensar como Jesus pensou, falar como Jesus falou e viver como Jesus viveu. Porque, como vemos, o povo quer ouvir a Palavra de Deus através das pessoas escolhidas por Deus. Quem é batizado é escolhido por Deus e com uma missão de profeta.

Para falar em nome de Deus não pode ensinar o que ele pensa, mas conforme a Palavra de Deus. "Porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe mandar. Eu mesmo pedirei contas a quem não escutar as minhas palavras que ele pronunciar em meu nome. Mas o profeta que tiver a ousadia de dizer em meu nome alguma coisa que não lhe mandei ou se falar em nome de outros deuses, esse profeta deverá morrer". Meditando estas palavras, entendemos o porque somos escravos da corrupção, da violência, e da morte. Afirmamos que somos cristãos, porém, seguimos as teorias dos homens.

São Paulo, escrevendo aos Coríntios (1Coríntios 7, 32-35), afirma: "Eu gostaria que estivésseis livres de preocupações". Isto para testemunhar mais facilmente a Palavra de Deus. Faz referência às pessoas casadas que tem compromisso com a sua família. A eles, pede que sejam fiéis aos seus compromissos familiares, e que sejam obedientes à Palavra de Deus, que precisam viver em família e educar os filhos.

No Evangelho deste domingo (Marcos 1,21-28), o autor nos apresenta o exemplo de Jesus que anunciava a Palavra de Deus de forma que incomodava, como continua incomodando até hoje aos seguem o espírito do mal. "Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir?" De fato, a Palavra de Deus é para destruir as teorias do mal. Diante das palavras de Jesus "todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: O que é isto? Um ensinamento novo, dado com autoridade; ele manda até nos espíritos maus, e eles lhe obedecem". Se nós, em lugar de deixar-nos guiar pelas teorias dos homens, fôssemos sempre fiéis à Palavra de Deus, o mundo seria bem melhor.


Faltam profetas de verdade!

Monsenhor Antonio


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