Devemos ter sempre presentes as Palavras do Senhor: "Eu não quero a morte do pecador, mas
que se converta e que viva". Somos lembrados sobre este apelo todos os
dias e, de uma maneira especial, todos os domingos, quando toda a comunidade se
reúne para ouvir o que Ele disse e celebrar o que Ele fez para que nós
participemos da sua vida eterna. Isto é o que nós celebramos na missa de todos
os domingos. Como não damos importância a este compromisso dominical, acontece
em nossa vida o que encontramos na primeira leitura deste domingo (Jó 7,1-7) "Jó disse: ‘Não é acaso uma luta a vida
do homem sobre a terra? Seus dias não são como os dias de um mercenário? Como
um escravo que suspira pela sombra, como um assalariado aguarda a sua paga,
assim tive por ganho meses de decepção e couberam-me noites de sofrimento".
Porém, não é esta a vida que Deus quer para nós. Por
isso, a Palavra que Ele nos fala todos os domingos, têm uma sequência lógica,
para que sirva de orientação para a nossa vida. E nos prepara para que nós
sigamos o caminho que nos conduz á verdadeira paz e a descobrir a alegria de
viver. Com a certeza de que são verdade as palavras de Jesus: "Eu vos disse tudo isto para que a
minha alegria esteja em vós e a vossa felicidade seja completa". No
domingo passado, a Palavra de Deus nos lembrava que ninguém pode afirmar que é cristão
sem assumir a missão profética de Cristo. Hoje Deus nos lembra que precisamos
ser profetas porque estamos comprometidos com o anúncio do Evangelho.
O apóstolo São Paulo (1Cor.9, 16-23) nos oferece o
seu testemunho, dizendo: "Irmãos, pregar
o Evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim,
uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o Evangelho! Se eu exercesse minha
função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas,
como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. Em
que consiste então o meu salário? Em pregar o Evangelho, oferecendo-o de graça,
sem usar os direitos que o Evangelho me dá. Assim, livre em relação a todos, eu
me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível”l. Foi esta
a promessa que Jesus fez aos primeiros apóstolos: “Farei de vocês pescadores de homens". A nossa missão, como
cristãos, não é acumular bens materiais, e sim encaminhar as pessoas para Deus
Este é o exemplo que Jesus nos dá no Evangelho
(Marcos 1, 29-39): "Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus,
Quando o encontraram, disseram: ‘Todos estão te procurando’. Jesus respondeu: ‘Vamos
a outros lugares, às aldeias de redondeza! Devo pregar também ali, pois foi
para isso que eu vim’".
Com estas palavras, nos alerta do nosso grande
pecado: Esquecer-nos de que todos devem conhecer a palavra de Deus, para
construirmos, juntos, um mundo de justiça e de Paz.
Monsenhor
Antonio
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