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quinta-feira, 19 de abril de 2018

4º DOMINGO DA PÁSCOA: O Bom Pastor!!


Celebramos a Páscoa de Jesus de Nazaré, e não de Jesus como Filho de Deus. Porque Deus não pode celebrar a Páscoa, Ele é Onipotente e Eterno. E, por isso, n’Ele não é possível mudança alguma. Participamos da Páscoa de Jesus, como homem, porque ele veio nos mostrar como podemos transformar a nossa vida num manancial de paz, para poder partilhar com os nossos irmãos, observando os dez mandamentos, transformar o mundo num lugar de paz e de felicidade, e tornar-nos merecedores da vida eterna. Jesus, como homem, indicou-nos o caminho. Assim, celebrar a Páscoa é assumir a nossa páscoa seguindo os passos de Jesus.

Este é o exemplo que São Pedro nos dá na Primeira Leitura deste domingo (At 4,8-12): "Pedro, cheio do Espírito Santo, disse: ‘chefes do povo e anciãos, hoje estamos sendo interrogados por termos feito bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel, é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré - aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos - que este homem está curado diante de vós. Jesus é a pedra que vós construtores rejeitastes e que se tornou a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos’". Este fato nos lembra a promessa de Jesus: "Quem acreditar em mim, fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores".

O exemplo de São Pedro é confirmado por São João na Segunda Leitura (1João 1-2) que afirma: "Caríssimos, vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. Caríssimos, desde já, somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos como ele é". Com estas palavras, São João nos confirma duas verdades: A primeira verdade é que Pedro conheceu o Pai através de Jesus, e acreditou na promessa que ele fez: "Quem crer em mim, fará as obras que eu faço e fará ainda maiores". A segunda, pela mesma razão, reconheceu o seu irmão no homem doente, e imitou o gesto de Jesus, fazendo o milagre. Assim, os primeiros discípulos de Cristo nos ensinam que também nós devemos partilhar tudo o que possuímos, e sobre tudo a nossa fé, para que todos tenham uma vida feliz.

Jesus, no Evangelho (João 10, 11-18), como exemplo para todos os seus seguidores se identifica com a figura do Bom Pastor. Quando pensamos nesta comparação tão simpática, devemos lembrar que esta é a maneira com que ele trata a cada um dos seus seguidores, e que é o exemplo que nós devemos imitar no trato com os nossos irmãos. De alguma forma, todos nós temos a missão do Bom Pastor. É a figura que melhor nos manifesta a maneira como todos nós gostamos de ser tratados e, também um exemplo como todos nós devemos tratar os nossos irmãos. Podendo afirmar que, na figura do Bom Pastor, Jesus nos mostra a teoria, depois, ele e os seus primeiros discípulos Pedro e João, apresentam-nos na prática, para que nós os imitemos. Esta é a nossa Páscoa, que não é só um dia, mas devemos viver toda a nossa vida. Ela está resumida nos dez mandamentos, que nos foram entregues através de Moisés, e que Jesus resumiu em dois: "Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmos". Por desprezar a Deus e, tratar os outros como objetos, a Paz do Cristo Ressuscitado transformou-se para nós em corrupção e violência. Isto não é Páscoa!

Monsenhor Antonio




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