Todos nós conhecemos bem a palavra destino. Ela é
muito usada, porém de uma maneira imprópria, para explicar, o porquê muitas
coisas acontecem na vida. É o destino! exclamam. Não podemos admirar que nós
sejamos assim, porque o Filho de Deus quis participar de nossa natureza humana
em tudo, menos no pecado, devido a que o ser humano, depois que ter desprezado
a Palavra de Deus, não tem capacidade para entender nada. Tudo o que ele faz,
baseado só nos seus conhecimentos, serve para a sua própria destruição. E isso
desde o seu princípio, no seio materno, até depois de sua morte.
Falamos várias vezes que os mistérios da vida de
Jesus, que lembramos na reza do Santo Rosário, deveríamos meditá-los bem;
porque eles são exatamente iguais aos mistérios da vida de cada um de nós. Por
isso ele advertiu-nos: "Eu vos dei
exemplo para que vocês façam a mesma coisa". E se oferece como o
Caminho que todos podemos seguir com segurança, sem medo de perder-nos. O
Evangelho que nos deixou para orientar a nossa vida, e mandou-nos anunciar a
todos os povos para todos façam parte da família de Deus, é um resumo da vida
humana de Jesus de Nazaré. Muitos perdem o tempo invocando-o como Deus, sendo
que ele se fez homem para nos ensinar a ser gente, porque o nosso destino é ser
filhos adotivos de Deus, porém primeiro, precisamos saber a viver como pessoas
humanas.
Chegando ao fim da vida, deixou-nos a lição que nós,
temos mais dificuldade em apreender: que o sofrimento nos purifica e nos salva!
Para um grupo de mulheres que o acompanhavam, chorando, no caminho do Calvário,
disse: "Mulheres de Jerusalém, não
chorem por mim, chorai por vós mesmas e pelos vossos filhos". Nós
estranhamos estas palavras porque não entendemos duas coisas igualmente
importantes: que o sofrimento nos faz mais humanos e que ele nos purifica. Pelo
seu sofrimento e morte na cruz purificou o pecado do mundo; e devolveu-nos a
amizade com o Pai que está no céu.
Ressuscitando, deu-nos a garantia da vida eterna. A
partir deste momento, não podemos duvidar do que acontece depois da nossa
morte. São Paulo afirma: "Como
Cristo ressuscitou também nós ressuscitaremos". Até os apóstolos
tinham dificuldade em acreditar na ressurreição de Jesus. Por isso, ele
conviveu com eles durante quarenta dias, e mostrou-lhes várias vezes as feridas
que a lança e os pregos abriram no seu corpo, para que eles tivessem certeza de
que ele havia ressuscitado.
Jesus nos mostra neste Domingo um exemplo para
consigamos entender com facilidade qual é o destino de nossa caminhada neste
mundo. Ele, depois de dedicar toda' a sua vida fazendo o bem a todos, principalmente
aos mais necessitados, carregou nos ombros a cruz dos todos os nossos pecados,
e suplicou: "Pai! Perdoa-lhes!
Porque não sabem o que fazem". De fato, ninguém têm capacidade para
imaginar as consequências dos seus pecados. Assim, a Palavra de Deus, encarnada
na pessoa humana de Jesus, abriu as portas do céu para todos os homens que
procurem viver conforme a Palavra de Deus, procurando a felicidade e a paz dos
irmãos e cuidando bem da natureza e as outras coisas criadas para o bem-estar
de todos.
Este é o nosso único destino! E ainda Deus nos
deixou livres para rejeitá-lo.
Monsenhor
Antonio
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