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quinta-feira, 10 de maio de 2018

DOMINGO DA ASCENSÃO DO SENHOR: O Destino!


Todos nós conhecemos bem a palavra destino. Ela é muito usada, porém de uma maneira imprópria, para explicar, o porquê muitas coisas acontecem na vida. É o destino! exclamam. Não podemos admirar que nós sejamos assim, porque o Filho de Deus quis participar de nossa natureza humana em tudo, menos no pecado, devido a que o ser humano, depois que ter desprezado a Palavra de Deus, não tem capacidade para entender nada. Tudo o que ele faz, baseado só nos seus conhecimentos, serve para a sua própria destruição. E isso desde o seu princípio, no seio materno, até depois de sua morte.

Falamos várias vezes que os mistérios da vida de Jesus, que lembramos na reza do Santo Rosário, deveríamos meditá-los bem; porque eles são exatamente iguais aos mistérios da vida de cada um de nós. Por isso ele advertiu-nos: "Eu vos dei exemplo para que vocês façam a mesma coisa". E se oferece como o Caminho que todos podemos seguir com segurança, sem medo de perder-nos. O Evangelho que nos deixou para orientar a nossa vida, e mandou-nos anunciar a todos os povos para todos façam parte da família de Deus, é um resumo da vida humana de Jesus de Nazaré. Muitos perdem o tempo invocando-o como Deus, sendo que ele se fez homem para nos ensinar a ser gente, porque o nosso destino é ser filhos adotivos de Deus, porém primeiro, precisamos saber a viver como pessoas humanas.

Chegando ao fim da vida, deixou-nos a lição que nós, temos mais dificuldade em apreender: que o sofrimento nos purifica e nos salva! Para um grupo de mulheres que o acompanhavam, chorando, no caminho do Calvário, disse: "Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim, chorai por vós mesmas e pelos vossos filhos". Nós estranhamos estas palavras porque não entendemos duas coisas igualmente importantes: que o sofrimento nos faz mais humanos e que ele nos purifica. Pelo seu sofrimento e morte na cruz purificou o pecado do mundo; e devolveu-nos a amizade com o Pai que está no céu.

Ressuscitando, deu-nos a garantia da vida eterna. A partir deste momento, não podemos duvidar do que acontece depois da nossa morte. São Paulo afirma: "Como Cristo ressuscitou também nós ressuscitaremos". Até os apóstolos tinham dificuldade em acreditar na ressurreição de Jesus. Por isso, ele conviveu com eles durante quarenta dias, e mostrou-lhes várias vezes as feridas que a lança e os pregos abriram no seu corpo, para que eles tivessem certeza de que ele havia ressuscitado.

Jesus nos mostra neste Domingo um exemplo para consigamos entender com facilidade qual é o destino de nossa caminhada neste mundo. Ele, depois de dedicar toda' a sua vida fazendo o bem a todos, principalmente aos mais necessitados, carregou nos ombros a cruz dos todos os nossos pecados, e suplicou: "Pai! Perdoa-lhes! Porque não sabem o que fazem". De fato, ninguém têm capacidade para imaginar as consequências dos seus pecados. Assim, a Palavra de Deus, encarnada na pessoa humana de Jesus, abriu as portas do céu para todos os homens que procurem viver conforme a Palavra de Deus, procurando a felicidade e a paz dos irmãos e cuidando bem da natureza e as outras coisas criadas para o bem-estar de todos.

Este é o nosso único destino! E ainda Deus nos deixou livres para rejeitá-lo.

Monsenhor Antonio



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