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sábado, 25 de agosto de 2018

21º Domingo do Tempo Comum - DEVEMOS ESCOLHER


          Estamos num mundo dominado pelas trevas. Procuramos a felicidade e só vemos injustiça, queremos a paz e nos encontramos cercados pela violência, e a confusão nos cerca por todos os lados. Não vemos uma solução pelos problemas que enfrentamos no dia-a-dia. E nos perguntamos, porque tudo isto? Quem é o culpado desta situação? Ficamos procurando, acusamos a algumas pessoas, e não resolvemos nada porque cada um de nós têm uma parcela de responsabilidade. A ciência dos homens ainda não conseguiu fazer-nos entender que o mundo foi criado para viver unido, ou em comunidade. Os minerais estão a serviço dos vegetais, os vegetais servem os animais, todos eles estão à serviço do homem, e o homem para louvar a Deus, cuidando de todas as coisas criadas para o bem-estar de todos. Esta felicidade universal seria a gloria de Deus. Porém, o demônio conseguiu plantar no coração do homem o egoísmo, que destruiu o que Deus havia planejado para o bem de todos. Nós somos livres para escolher a quem vamos seguir.
          Esta é a escolha que, neste domingo, nos apresenta a palavra de Deus. Josué, na primeira leitura (Js.24,1-18) diz: “reuniu em Siquém todas as tribos de Israel e convocou os anciãos, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus. Então Josué falou a todo o povo: “Se vos parece mal servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor. O povo respondeu, dizendo: “Longe de nós abandonarmos o Senhor para servir a deuses estranhos.”
          O grande problema está em que nós aprendemos uma religião teórica, de muita conversa, e até de muitas promessas, quando a verdadeira religião se manifesta com a maneira de viver. Isto nos ensina São Paulo (Ef 5,21-32) quando afirma que ela começa em casa com o nosso relacionamento familiar, e depois, através da família, propaga-se pelo mundo inteiro. Jesus resume, em poças palavras, em que consiste a verdadeira religião: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.” Se todos nós procurássemos viver assim, teríamos o mundo que nós queremos. Mas tudo começa na família. Ela planta a semente do bem e do mal. A colheita é o resultado!
          No evangelho (João 6,60-69) Encontramos que muitos dos discípulos de Jesus, disseram: ”Essa palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” Jesus responde: “ O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que eu vos falei são espírito e vida.”Desprender-se das coisas materiais é difícil, mas é necessário para ser cristão e entender a palavra de Deus. Pedro diz: “Tu tens palavras de vida eterna.” A nossa escolha está entre a vida, palavra de Deus; e a morte, as teorias do mundo.
Monsenhor Antonio



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