No domingo passado, a palavra de Deus nos lembrou que estamos
neste mundo com a missão de sermos presença de Deus. No domingo anterior
lembrou-nos que nós estávamos vivendo num mundo tão cruel porque nos esquecemos
de que, como cristãos, tínhamos o compromisso de cuidar das coisas de Deus e de
defender os Seus direitos. Porém, nós ficamos acomodados deixando que o demônio
tomasse conta do mundo, e, muitas vezes até colaboramos com ele. Por isso, já
começamos viver neste mundo, um princípio de inferno, em lugar de desfrutar da
paz e da felicidade, que são atributos privativos do Reino de Deus. Mas para
isto, no é suficiente ser batizado, é preciso pensar como Deus pensa a agir
como Deus age. Este é o tema que a palavra de Deus nos convida a meditar este
domingo.
A primeira
leitura (Is.50,5-9) nos alerta porque o espírito do mal usa de toda a violência
para conseguir seus objetivos diabólicos, e tem a sua disposição todos os
instrumentos necessários para atingir os seus objetivos. “Mas o Senhor meu Deus
é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto
impassível como pedra, porque sei que não serei humilhado. Ao meu lado está quem
me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. Sim, o Senhor Deus é meu
auxiliador; quem é que me vai condenar?”
São Tiago
(Tg.2,14-18) começa perguntando: “Que adianta alguém dizer que tem fé quando
não a põe em prática?”Afirmando que a fé não consiste em palavras nem em ritos,
mas em atitudes concretas. E acrescenta que “a fé, se não se traduz em obras, por si só está morta. Em compensação
alguém poderá dizer: Tu tens a fé e eu tenho a prática! Tu mostra-me a fé sem
as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras!”
Jesus nos
apresenta o exemplo de Pedro (Mc.8,27-35), no caminho perguntou: “Quem dizem os
homens que eu sou?”. Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista;
outros, que és Elias; outros, ainda, que és algum dos profetas. Então Ele
perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”Pedro respondeu: “ Tu és o Messias.”
Ele respondeu corretamente. Continuando o caminho, Jesus disse aos discípulos
que “ o Filho do homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos
sumos sacerdotes e doutores da lei; devia
ser morto e ressuscitar depois de três dias. Então Pedro tomou Jesus à parte e
começou a repreendê-lo. Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu
a Pedro dizendo: “Vai para longe de mim satanás! Tu não pensas como Deus, e sim
como os homens. Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém
me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem
quiser salvar sua vida vai perdê-la, mas quem perder sua vida por causa de mim
e do evangelho vai salvá-la.”
Monsenhor Antonio
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