“A árvore boa dá bons frutos!” Esta é
a promessa garantida por Jesus e que, neste domingo, cercado de um ambiente tão
diferente, a palavra de Deus nos convida a parar e pensar. Quem sabe se,
envoltos de tanta maldade, não desconfiemos qual é a árvore capaz de produzir
frutos tão amargos, tomemos providências e procuremos mudar de maneira de
pensar e de agir para que, conduzidos pela sabedoria que Deus nos deu,
consigamos dar melhores frutos. Hoje, Deus nos fala claramente que o problema
não está nas árvores e sim em nós, as pessoas, que conforme a escolha que fizemos,
seguindo a palavra de Deus, ou orientando a nossa vida pelas conversas dos
homens, colaboramos para que a justiça, a segurança e a paz estejam presentes
na terra, ou nos condenemos a viver para
sempre neste inferno de corrupção, de fome, de violência e de morte. Estes são os
frutos amargos que nós produzimos e que precisamos engolir porque são da nossa
colheita.
O profeta Isaías (Is 53,10-11) anuncia
qual é a verdadeira árvore e modelo de todas as árvores que desejarem produzir
frutos saudáveis para se alimentar e ajudar a transformar a vida de muitos,
dizendo: “O Senhor quis macerá-lo com sofrimento. Oferecendo a sua vida em
expiação, ele terá descendência duradoura
e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. Por esta vida de
sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si
suas culpas.” Estas palavras vão dirigidas à pessoa humana de Jesus, mas nos
lembram, também, o nosso compromisso como cristãos e seguidores de Cristo. Por
isso, como cristãos devemos ser presença de Deus no mundo. Quando nós, os
cristãos, não somos esta presença, somos obrigados a suportar os horrores do
inimigo.
São Paulo (Hb 4,14-16) nos lembra onde
podemos encontrar sempre a força de que precisamos: “Irmãos, temos um sumo
sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus,
o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos.
Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer da nossa fraqueza,
pois Ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado.
Aproximemo-nos, então, com toda confiança, do trono da graça para conseguirmos
misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno.”
Jesus está nos mostrando qual é a missão
de seus discípulos e de como os seus seguidores devemos estar sempre à serviço dos
outros, quando dois dos seus discípulos aproximaram-se a Ele e disseram: “Mestre,
queremos que faças por nós o que vamos pedir.” Ele respondeu: “O que quereis que
Eu vos faça?”Eles responderam: “Deixa-nos sentar um a tua direita e outro a tua
esquerda quando estiveres em tua glória.”A vontade de querer aparecer em todas
as coisas, até na religião, já foi um dos problemas que Jesus teve de enfrentar
com os seus discípulos. Quando os outros ouviram isso, indignaram-se com Tiago
e João. “Jesus chamou os doze e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as
oprimem e os grandes as tiranizam. Mas entre vós não deve ser assim; quem quiser
ser grande seja vosso servo, e quem quiser ser o primeiro seja o escravo de
todos. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar
a sua vida para resgate para muitos.”
Como o mundo seria diferente se todos
os bispos, padres, religiosos, e cristãos meditássemos e imitássemos este
exemplo que Jesus nos dá! Por isso, nós temos o mundo que nós construímos.
Monsenhor Antonio
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