O Avento é o tempo de preparação
para celebrar o Natal de Jesus. Isto é o todos nós sabemos, e aprendemos desde
criança. Porém, não fomos preparados para pensar se é este o verdadeiro
significado do Tempo de Advento, ou têm outros. Hoje uma série de
acontecimentos levam-nos a duvidar que este seja o seu principal sentido, ainda
que muitas famílias participem da novena de Natal e outras façam o presépio,
quando vemos que o papai Noel é mais lembrado que Jesus, e a sua mensagem de
egoísmo e consumismo tem mais aceitação do que o exemplo e os conselhos que Ele
nos dá, obrigam-nos a pensar se o que aprendemos, desde criança é verdade, mas
não toda a verdade. A Igreja, na liturgia deste domingo, mostra-nos que esta
dúvida têm fundamento, e nos convida a meditar.
Domingo passado, com a festa de
Cristo Rei, encerrávamos o Ano Litúrgico, para lembrar-nos que da mesma forma
que todos os anos terminam e, com eles terminou a vida de muitas pessoas, e
todas elas apresentaram contas a Ele do que elas fizeram aqui na terra, e que
só as que imitaram o seu exemplo e seguido os seus ensinamentos foram
convidados a tomar posse do Reino que o Pai preparou para todos desde a criação
do mundo, este é o caminho que deveremos seguir todos nós.
Neste primeiro Domingo de Advento, a
primeira leitura do livro do profeta Jeremias (Jr 33.14-16) nos fala de como é
o Reino que Ele ensinou-nos com o seu exemplo e a sua palavra, dizendo: “Eis
que virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros
para a casa de Israel e para a casa de Judá. Naqueles dias, naquele tempo,
farei brotar de Davi a semente da justiça, que fará valer s lei e a justiça na
terra. Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém terá uma população confiante;
este é o nome que servirá para designá-la: O Senhor é a nossa Justiça.”
São Paulo (1Ts 3,12-4,2) nos conta
como pode ser realizada a transformação de uma sociedade injusta para uma a
situação de justiça, dizendo: “Irmãos, o Senhor vos conceda que o amor entre em
vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que
temos por vós. Que assim ele confirme os vossos corações numa santidade aos
olhos de Deus, nosso Pai, no dia da vinda do Senhor Jesus.”Com estas palavras, nos
revela três verdades importantes: primeiro, o Rei a quem deveremos prestar
contas é Jesus como homem, por isso Ele nos convidará a tomar posse do Reino
que o Pai preparou para todos desde a criação do mundo. Em segundo lugar, Ele é
chamado de primogênito, porque é o primeiro homem que viveu como o Pai quer. E
em terceiro lugar é lembrar-nos que a nossa missão é transformar, pelo amor, este
mundo que nós destruímos pelo egoísmo e
injustiça.
São
Lucas (Lc 21,25-29), nos alerta que teremos que nós veremos coisas horríveis:”Naquele
tempo, disse Jesus a seus discípulos:” Haverá sinais no sol, na lua e nas
estrelas. Na terra as nações ficarão angustiadas, com o pavor do barulho do mar
e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo só no pensar no que vai acontecer
no mundo porque as forças do céu serão abaladas. Então eles verão o Filho do
homem vindo numa nuvem com grande poder e glória.”
Monsenhor Antonio
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