Natal é a testa da Alegria! Não o Natal dos
homens, mas o Natal de Jesus. Natal, não é a festa da alegria por causa dos
votos de felicidade que recebemos dos amigos, pelos presentes que eles nos dão,
nem pela festa que possamos fazer em família. Este é o Natal que os homens
valorizamos, porém, em lugar de dar-nos alegria, nos traz, com freqüência, muita
tristeza e muitos problemas. O Natal de Jesus nos oferece tanta alegria que no
dia do seu nascimento, junto com o anjo que anunciou aos pastores esta Boa
Notícia, uniu-se a ele um coro de anjos que anunciavam “Glória a Deus e Paz aos
homens.” Estas palavras nos revelam que a glória de Deus está na paz e na
felicidade dos homens.
Na primeira leitura deste domingo, o profeta Sofonias (3,14-18). Diz:
“Canta de alegria, cidade de Sião; rejubila, povo de Israel! Alegra-te e exulta
de todo o coração, cidade de Jerusalém! O Senhor revogou a sentença contra ti,
afastou teus inimigos; o rei de Israel é o Senhor, Ele está no meio de ti,
nunca mais temerás o mal. Naquele dia se dirá a Jerusalém: Não temas, Sião, não
te deixes levar pelo desânimo! O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, o
valente guerreiro que te salva; ele exultará de alegria por ti, movido por
amor; exultará por ti, entre louvores, como nos dias de festa.”
Como podemos ver, as palavras do profeta não vão dirigidas aos
poderosos, nem aos sacerdotes e doutores da lei. São palavras dirigidas para o
povo, vítima da vaidade e da ambição dos que têm o poder político ou o
religioso em suas mãos e se servem dele para oprimir e explorar o povo para
satisfazer a sua vaidade. A mesma mensagem nos é dirigida pelo apóstolo Paulo
(Fl 4,4-7), dizendo: “Irmãos, alegrai-vos sempre no Senhor; eu repito,
alegrai-vos. Que a vossa bondade seja conhecida de todos os homens! O Senhor
está próximo! Não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas
necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças. E a
paz de Deus, que ultrapassa todo o entendimento, guardará os vossos corações e
pensamento em Cristo Jesus.”
A palavra de Deus questiona a nossa consciência sempre que estamos
errados. Por isso, São Lucas (3, 10-18) afirma: “As multidões perguntavam a
João: O que devemos fazer? João respondia: “Quem tiver duas túnicas dê uma a
quem não têm, e quem tiver comida faça o mesmo! Foram também para o batismo
cobradores de impostos e perguntaram a João: “Mestre, que devemos fazer?” João
respondeu: “Não cobreis mais do que foi estabelecido. Havia também soldados que
perguntavam: “E nós, que devemos fazer?”João respondia: “Não tomeis à força o
dinheiro de ninguém
nem façais falsas acusações, ficai
satisfeitos com o vosso salário.” Por isso, João está pregando no deserto
porque os poderosos nem os sacerdotes, que pensavam e agiam como eles, teriam
aceito esta pregação. O Natal de muitos cristão termina em tragédia, porque não
é o Natal de Jesus. Os homens preferem o Natal do Pai Noel, que é o natal do
egoísmo e do consumismo que são a causa de todos os sofrimentos. Isto acontece porque nós nunca lembramos em
fazer-nos a pergunta que faziam a João: O que eu devo fazer para celebrar o
Natal de Jesus? Com certeza, teríamos a resposta que nos levaria a encontrar a
paz e a felicidade que procuramos e o Natal de Jesus nos oferece
Monsenhor
Antônio Santcliments Torras
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