Todos nós queremos viver! Ficamos com medo só
em pensa na morte. E nos custa muito aceitar a perda de um familiar ou amigo.
Neste domingo a palavra de Deus, quer que nos preparemos para receber a vida,
depois nos será ensinado como precisamos vivê-la para sempre em paz e com
felicidade. Esta é a festa do Natal de Jesus. Ela não se reduz a um dia, sua
celebração é eterna. Para sempre! Porém, depende de nós, aqui está a
importância do Advento. Vai além de uma novena de Natal. Mostra-nos o caminho
da vida eterna. Hoje podemos conhecer os dois caminhos que nós podemos seguir:
o caminho da vida eterna anunciado por Jesus; ou o caminho da morte eterna propagado
pelo egoísmo e o consumismo do Pai Noel. Nós devemos escolher. O resultado
começa neste mundo e continua na eternidade.
As leituras deste domingo, apontam
para esta direção: a dimensão verdadeira de nossa vida. O profeta Miqueias
(5,1-4) afirma: “Assim diz o Senhor: ‘Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os
mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará Israel; sua origem
vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. Deus deixará seu povo ao
abandono até o tempo em que uma mãe der à luz, e o resto de seus irmãos se
voltará para os filhos de Israel. Ele não recuará, apascentará com a força do
Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz,
pois ele agora estenderá o poder até os confins da terra e ele mesmo será a
paz.”O profeta lembra a mulher que Deus prometeu que enviaria para que, por sua
fidelidade, fosse digna de ser a mãe do seu povo. A mãe que dará a luz é Maria
e o filho é Jesus, o Salvador de todos, e os seus discípulos “se voltarão para
os filhos de Israel,” para conduzi-los a Jesus e serem salvos.
São Paulo em sua carta aos Hebreus (10,5-10) nos fala dos primeiros
sacrifícios que o povo de Israel oferecia a Deus, e do segundo sacrifício
oferecido por Jesus, com estas palavras: “Tu não quiseste nem te agradaram as
coisas oferecidas segundo a lei, ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua
vontade. “Com isso, suprime o primeiro sacrifício para estabelecer o segundo. É
graças a essa vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus
Cristo, realizada uma vez por todas.” Morrendo na cruz, Ele reparou os pecados
de todos. E celebrar o Seu nascimento, significa comprometer-se em seguir o seu
exemplo, receber o seu perdão, e participar, com Ele, da vida eterna.
Isto implica em nós mudarmos a idéia que
temos de Jesus. Desde criança, nós aprendemos que Jesus é o Filho de Deus feito
homem. Porém, meditando a palavra de Deus que ouvimos estes últimos domingos,
descobrimos que Jesus é o modelo do homem criado por Deus “à Sua imagem e
semelhança,” que foi destruído pelo pecado. Deus prometeu enviar outra mulher
que, por sua fidelidade, estaria livre do pecado, e com possibilidade de gerar
filhos de Deus. O evangelista Lucas (1,39-45) diz que Maria, depois do
compromisso assumido com Deus de ser a mãe de Jesus, visitou a sua prima
Isabel, grávida de seis meses; ao ouvir a voz se Maria, o menino pulou de
alegria na barriga de Isabel, sentindo a presença de Jesus no seio da mãe. O
Natal é reconhecer naquela criança a presença do primogênito, nosso Salvador e
modelo que afirma: “Eu vos dei exemplo para façam a mesma coisa.” Por isso,
celebrar o Natal de Jesus é renovar o nosso compromisso de imitar sempre o seu
exemplo. O Natal não é um dia. Natal é a vivência de todos os dias!
Monsenhor
Antônio Santcliments Torras
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