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sábado, 22 de dezembro de 2018

4º Domingo de Advento DEUS NOS QUER VIVOS


                 Todos nós queremos viver! Ficamos com medo só em pensa na morte. E nos custa muito aceitar a perda de um familiar ou amigo. Neste domingo a palavra de Deus, quer que nos preparemos para receber a vida, depois nos será ensinado como precisamos vivê-la para sempre em paz e com felicidade. Esta é a festa do Natal de Jesus. Ela não se reduz a um dia, sua celebração é eterna. Para sempre! Porém, depende de nós, aqui está a importância do Advento. Vai além de uma novena de Natal. Mostra-nos o caminho da vida eterna. Hoje podemos conhecer os dois caminhos que nós podemos seguir: o caminho da vida eterna anunciado por Jesus; ou o caminho da morte eterna propagado pelo egoísmo e o consumismo do Pai Noel. Nós devemos escolher. O resultado começa neste mundo e continua na eternidade.
          As leituras deste domingo, apontam para esta direção: a dimensão verdadeira de nossa vida. O profeta Miqueias (5,1-4) afirma: “Assim diz o Senhor: ‘Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. Deus deixará seu povo ao abandono até o tempo em que uma mãe der à luz, e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até os confins da terra e ele mesmo será a paz.”O profeta lembra a mulher que Deus prometeu que enviaria para que, por sua fidelidade, fosse digna de ser a mãe do seu povo. A mãe que dará a luz é Maria e o filho é Jesus, o Salvador de todos, e os seus discípulos “se voltarão para os filhos de Israel,” para conduzi-los a Jesus e serem salvos.
          São Paulo em sua carta aos Hebreus (10,5-10) nos fala dos primeiros sacrifícios que o povo de Israel oferecia a Deus, e do segundo sacrifício oferecido por Jesus, com estas palavras: “Tu não quiseste nem te agradaram as coisas oferecidas segundo a lei, ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade. “Com isso, suprime o primeiro sacrifício para estabelecer o segundo. É graças a essa vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.” Morrendo na cruz, Ele reparou os pecados de todos. E celebrar o Seu nascimento, significa comprometer-se em seguir o seu exemplo, receber o seu perdão, e participar, com Ele, da vida eterna.   
          Isto implica em nós mudarmos a idéia que temos de Jesus. Desde criança, nós aprendemos que Jesus é o Filho de Deus feito homem. Porém, meditando a palavra de Deus que ouvimos estes últimos domingos, descobrimos que Jesus é o modelo do homem criado por Deus “à Sua imagem e semelhança,” que foi destruído pelo pecado. Deus prometeu enviar outra mulher que, por sua fidelidade, estaria livre do pecado, e com possibilidade de gerar filhos de Deus. O evangelista Lucas (1,39-45) diz que Maria, depois do compromisso assumido com Deus de ser a mãe de Jesus, visitou a sua prima Isabel, grávida de seis meses; ao ouvir a voz se Maria, o menino pulou de alegria na barriga de Isabel, sentindo a presença de Jesus no seio da mãe. O Natal é reconhecer naquela criança a presença do primogênito, nosso Salvador e modelo que afirma: “Eu vos dei exemplo para façam a mesma coisa.” Por isso, celebrar o Natal de Jesus é renovar o nosso compromisso de imitar sempre o seu exemplo. O Natal não é um dia. Natal é a vivência de todos os dias! 

Monsenhor Antônio Santcliments Torras



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