Iniciamos o ano novo com muita festa, muitos
fogos, muita comida e muita bebida, tudo como o que Papai Noel pedia. Porém
faltou a presença da pessoa que dá sentido às festas de Natal. Faltou a
presença de Jesus, e faltou também a paz que o anjo anunciou aos pastores para a
alegria de todos os povos, e a felicidade que o coro de anjos prometeu para
todos os homens de boa vontade. Isto porque, numa gruta, perto de Belém, uma
mulher deu à luz um filho, o envolveu em faixas, e colocou-o na manjedoura.
Assim resumimos o Natal de Jesus, e ficamos celebrando o seu aniversário,
ignorando o exemplo que Ele nos deu e as palavras que Ele nos falou.
Não aprendemos ainda que o Natal não é só o nascimentos de Jesus, e sim
o nascimento de todos os filhos de Deus, também, o nosso nascimento. Como nós
ignoramos esta realidade, celebramos o Natal de Jesus, mas continuamos a nossa
vida de pagãos, seguindo as teorias dos homens. Como resultado, em lugar da paz
e da felicidade anunciada pelos anjos, somos obrigados a suportar a corrupção,
a violência, e a morte que castiga a todos. Neste ambiente iniciamos ao ano
novo, que desejamos que seja feliz para todos.
Deus também deseja um ano feliz para todos. Isto nos anuncia o livro dos
Números (6,22-27). “O Senhor falou a Moisés, dizendo: “Fala a Aarão e a seus
filhos: Ao abençoar os filhos de Israel dizei-lhes: O Senhor te abençoe e te
guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e se compadeça de ti! O
Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz! Assim, invocarão o meu nome
sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei.” Esta é a missão da Igreja de
Cristo, porque, ainda que o povo tenha se esquecido de Deus, Ele não se
esqueceu do seu povo.
São Paulo, na carta aos Gálatas (4,4-7), Diz: “Irmãos, quando se
completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho nascido de uma mulher,
nascido sujeito à lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à lei e para que
todos recebêssemos a filiação adotiva. E porque sois filhos, Deus enviou em
nossos corações o Espírito do seu Filho que clama: Abá - o Pai! Assim já não és
escravo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro; tudo isso por graça de
Deus.” A palavra de Deus assumiu um corpo humano para pagar pelo nosso pecado e
devolver-nos a dignidade de filhos adotivos. Jesus, é o primogênito; o primeiro
filho adotivo do Pai. Por isso, Ele afirma: “Eu sou o Caminho”, e diz: “Dei-vos
exemplo para que vós façais a mesma coisa.”
São Lucas, no seu evangelho (2,16-21), afirma duas verdades que ajudam a
entender a importância da Família de Nazaré para todas as famílias humanas. ”Os
pastores foram a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na
manjedoura. Tendo-o visto, contaram o que lhes fora contado sobre o menino. E
todos ao que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam.
Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu
coração.”
Estas palavras nos indicam que Maria não era
capaz de entender o mistério que estava presenciando. Indicando, que nenhum pai
e nenhuma mãe tem capacidade para entender o mistério que está no seu filho
recém-nascido. “Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino,
deram-lhe o nome de Jesus como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido. ”
O Natal nos revela que toda criança é chamada a ser filho de Deus e mensageiro
da justiça e da paz. Por isso, Maria é a Mãe de Deus, de Jesus e de todos os
que imitam o seu exemplo e seguem os seus ensinamentos, fazendo parte da ICREJA
ou FAMÍLIA DE DEUS.
Monsenhor
Antônio Santcliments Torras
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