Nós aprendemos a rezar o Pai nosso, mas não
entendemos que não é só uma oração para ser rezada, e sim uma norma de vida
para o cristão. Não temos direito de chamar a Deus de Pai se não tratamos a
todos como irmãos. Com frequência participamos da missa todos os domingos,
porém, poucos entendem que nela Jesus nos mostra como deve ser a nossa vida. A
missa não é só para ser assistida; a missa é para ser vivida. As palavras de
Jesus são claras: "Fazei isto em
memória de mim," E quando estas palavras pronunciamos na missa, damos
continuação ao mandamento que ele nos deu: "Eu. dei-vos exemplo para que
vocês façam a mesma coisa". (João 13,1-15)
Importância da Palavra de Deus! A primeira parte da
missa leva-nos a ouvir e meditar a Palavra de Deus, porque nela está a vida e a
luz que deve guiar os nossos passos. Por isso, quem faz as leituras, deve
aprender a ler para os outros, e, quem ajuda ao povo a meditar sobre elas,
precisa estar preparado para ser fiel à Palavra de Deus.
Jesus lava os pés dos apóstolos! Com este gesto nos
dá uma lição que é necessária para ter paz, tanto na família como na sociedade,
e é indispensável para família de Deus. Assim entendemos a resposta que Jesus
deu a Pedro que achava que não era digno que o Mestre se ajoelhasse diante dele
para lavar os pés: "Se eu não te
lavar, não terás parte comigo". Quer dizer que para fazer parte de uma
família de Deus, é necessário aprender a servir os outros. Isto é indispensável
para o relacionamento entre marido e mulher, e entre pais e filhos e para
qualquer família. A mesma atitude de serviço deve existir entre as autoridades
e o povo, se eles desejam a paz. Pretender servir-se dos outros para proveito
próprio, é a causa da violência.
Na família de Deus não é aceito o traidor! Por isso,
antes de instituir a Eucaristia, Jesus disse com clareza: "Eu garanto que um de vocês vai me trair." Os discípulos
se assustaram. Ele ainda fez um gesto de amizade: "pegou um pedaço de pão, o molhou e o deu para Judas
Iscariotes". Como ele persistiu na ideia de entregar o Mestre,
acrescentou: "O que você pretende
fazer, faça logo". Assim, Jesus nos ensina que onde existe um traidor
a paz é impossível. Por isso, no sacramento do matrimônio, exige amor e.
fidelidade para que todas as famílias vivam em paz e sejam felizes, e colaborem
para a construção de um mundo justo e fraterno.
Depois, "Jesus
tomou o pão, deu graças, partiu-o e disse: 'Isto é o meu corpo que é dado por
vós, fazei isto e minha memória'. Tomou também o cálice e disse: 'Este é a nova
aliança, em meu sangue'. Todas as vezes que dele beberdes fazei isto em minha
memória". Este é o momento mais importante, porque ele anuncia o
sangue que oferecerá no dia seguinte, morrendo crucificado. Com estas palavras
nos garante duas verdades: sua presença entre nós, quando nos reunidos em
comunidade; e que nós devemos viver para os outros, como ele deu sua vida por
nós.
Isto é o que celebramos na Santa Missa. Porém, não
serve para nada se nós não procuramos viver assim no nosso dia-a-dia. As
palavras: "Fazei isto em memória de
mim". Não se referem só que nós devemos participar da missa, mas que o
que nós celebramos, de acordo com o que Jesus fez por nós, nós precisamos fazer
para os outros. Assim, poderemos chamar a Deus de Pai, daremos provas de que
somos discípulos de Jesus, e transformaremos o mundo no Reino de Deus, ou
família de irmãos!
Monsenhor
Antonio
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