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sábado, 27 de abril de 2019

2º Domingo de Páscoa - A FAMÍLIA


             Celebramos o segundo domingo de Páscoa. Você pode pensar que deveria ser o primeiro domingo. Para entender melhor o seu significado precisamos lembrar que o demônio destruiu todo o Pano de Deus, enganando a Adão e Eva, que Ele havia feito responsáveis pelo cuidado do mundo e de todas as coisas que tinha criado para felicidade e bem-estar de todo o seu povo. Porém, depois do pecado, Ele não podia confiar neles, e prometeu enviar outra mulher que, pela fidelidade à Sua Palavra, seria a mãe que orientaria a seu povo. Esta mulher é Maria, a Mãe de todos os filhos de Deus. O “primogênito” é Jesus, que, seguindo o exemplo e os conselhos da Mãe, foi escolhido por Deus para ser exemplo e mestre para todos os seus irmãos. Por isso diz para todos: “Eu vos dei exemplo para que vocês façam a mesma coisa.” Depois, como todos, morreu; mas, pela sua fidelidade à Sua palavra, Deus o escolheu como vítima de expiação pelo pecado de todos os irmãos.
          Com as palavras pronunciadas na cruz, e na presença da Mãe: “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” A partir deste momento, teve início o Novo Povo de Deus. O momento mais significativo da Vigília Pascal é a renovação das Promessas do Batismo, o sacramento que nos leva a fazer parte da família de Deus, mas precisamos de uma mãe que, a exemplo de Maria, nos prepare para este momento. Esta é a missão da família, sem ela a paz e a felicidade das pessoas, das famílias, e até do mundo, são impossíveis.
          Todas as leituras deste domingo, falam-nos da necessidade da nossa vida em comunidade, seja familiar, comunitária, ou universal, para ter certeza de contar com a presença do Pai. Os Atos dos apóstolos (5,12-16), diz: “ Muitos sinais e maravilhas eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam com muita união no pórtico de Salomão. Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito. Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé; era uma multidão de homens e mulheres.”
          São João, no Apocalipse (1,9-11) desterrado na ilha de Patmos, continua unido  às suas comunidades, e afirma: “Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação e também no reino e na perseverança em Jesus, fui levado a ilha de Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho que eu dava de Jesus. No dia do Senhor, fui arrebatado pelo Espírito e ouvi detrás de mim uma voz forte, como de trombeta, a qual dizia: “O que vais ver, escreva-o num livro”.Com estas palavras, João, mesmo longe das comunidades, manda, em nome de Deus, uma advertência que serve para todas as comunidades do mundo, e de todos os tempos.
          No evangelho, São João (20,19-31) lembra que Jesus, no dia de sua ressurreição, apareceu aos seus discípulos, estando todos reunidos, e confiou-lhes a missão, com estas palavras: “Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam reunidos, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E depois de dizer isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados, a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos.”Assim, nos ensina que em comunidade conhecemos a palavra de Deus e somos perdoados.  



Monsenhor Antônio Santcliments Torras




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