Nós
conhecemos a páscoa dos judeus que libertou o povo de Israel da escravidão do
Egito, e mandou que a celebrassem todos os anos para nunca esquecer que,
através de Moisés, os libertou da escravidão, os conduziu pelo deserto, e os
levou até a terra de Canaã, que Ele tinha dado a Abraão e a todos os seus
descendentes. Conhecemos a Páscoa de Jesus, o filho de Maria, que Deus escolheu
para, com o seu exemplo e a sua palavra, ensinar-nos o caminho que precisamos
seguir, a verdade em que podemos acreditar, e pagar pelo nosso pecado, para que
todos os que quiserem possam ser filhos de Maria dos quais Jesus é o
primogênito e exemplo para todos os irmãos.
Como nós aprendemos, sem nenhum
fundamento bíblico, que Jesus é o Filho de Deus feito homem, só celebramos
todos os anos a Páscoa de Jesus. Sendo que a promessa que Deus fez foi “enviar
outra mulher” para ser a Mãe do Seu povo. Jesus é o “primogênito” para dar
exemplo a todo o povo que desejar ser filho de Deus, será, também, filho de
Maria. Isto nos impede a ter um conhecimento certo da Páscoa de Jesus, e
desconheçamos completamente a Nossa Páscoa. Sendo que ela está muito bem
explicada no evangelho.
Quando anunciamos a celebração da
quinta feria santa nos limitamos em anunciar a missa e lava pés, sem falar do
mais importante que Jesus fez naquela última ceia. É tão importante que Jesus
disse a seus discípulos: “desejei ardentemente comer esta ceia com vocês antes
de morrer.” Depois celebrou a primeira missa, a Sua e a Nossa Páscoa, com todos
os detalhes, para que nós entendamos o seu significado e o imitemos, e disse:
“Fazei isto e minha memória.” Esta é a Páscoa de Jesus e a nossa Páscoa, que
será consumada quando, no dia seguinte, desde o alto da cruz, pede: “Pai
perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” A partir deste momento, podemos
ficar livres do pecado, recuperar a nossa dignidade de filhos de Deus, e,
imitando o exemplo e seguindo os ensinamentos de Jesus, fazer parte da Sua
Família.
Jesus nos ensina que, se queremos ver
satisfeitos os nossos anseios de paz e de felicidade, precisamos da nossa
intimidade com o Pai e com os irmãos, conforme a palavra de Deus. Assim celebramos a Páscoa de Jesus, que é
também a nossa Páscoa, porque todos nós fazemos parte da mesma família, e do mesmo
povo. Ele que ajuntou-se ao seu povo no rio Jordão, onde foi batizado como os
outros, passou toda a sua vida nos meio do povo, celebrou, com todos os que o
acompanharam, a páscoa dos judeus, na
última ceia. Depois celebrou a Páscoa com todos os que o acompanharam.
“Fazei isto em minha memória”. Com
este mandamento despediu-se dos seus discípulos e foi para o Horto das
Oliveiras, para receber do Pai a coragem para realizar a Páscoa que acabava de
celebrar com o seu povo. Com a sua paixão e a sua morte na cruz, reparou o
pecado de todos, e abriu-nos as portas do céu. Esta é a Páscoa de Jesus e é
também a nossa Páscoa que Ele nos manda celebrar todos os domingos. Quando
deixamos de participar da missa, desprezamos
o que Jesus fez para salvar-nos.
Na missa celebramos a Páscoa de Jesus
e de todo o povo de Deus!
Monsenhor
Antônio Santcliments Torras
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